Mau hálito: a culpa não é do estômago

Mau hálito: a culpa não é do estômago

Quando pensamos em halitose, ou mau hálito, é comum atribuirmos o problema ao estômago. Porém, essa associação é, em grande parte, um mito. A verdade é que na maioria das vezes o mau hálito tem origem na própria boca e não no sistema digestivo.

Quando o estômago pode ser o culpado?

Segundo especialistas, existem apenas duas situações em que o mau hálito pode, de fato, estar relacionado ao estômago:

  1. Eructação gástrica (arroto): quando gases com odor saem diretamente do estômago pela boca.

  2. Refluxo gastroesofágico: quando há mau funcionamento da válvula entre o estômago e o esôfago, permitindo a subida de ácidos e odores.

Fora essas exceções, o estômago não é responsável pela halitose. Isso ocorre porque os esfíncteres gastrointestinais funcionam como válvulas que se fecham após a passagem dos alimentos, impedindo que odores escapem para a boca.

O verdadeiro vilão: o ambiente bucal

De 90% a 95% dos casos de halitose têm origem na boca. Isso acontece especialmente devido ao acúmulo de resíduos, células mortas e bactérias na língua, nas gengivas e entre os dentes.

Durante a noite, a diminuição do fluxo salivar contribui para a fermentação desses resíduos, aumentando a liberação de compostos sulfurados voláteis — os principais responsáveis pelo mau odor. Por isso, é comum sentir mau hálito ao acordar.

Além disso, a língua possui criptas (pequenos sulcos) que retêm resíduos alimentares e células descamadas, facilitando o acúmulo de placas bacterianas que fermentam e liberam odor desagradável.

A vergonha e o silêncio sobre o problema

Outro fator importante é o aspecto social e emocional da halitose. Muitas vezes, a pessoa com mau hálito não percebe o problema. Já quem convive com ela, evita tocar no assunto para não constranger, o que dificulta ainda mais a busca por orientação profissional.

O mau hálito é um problema comum, mas que pode ser tratado com boa higiene bucal, visitas regulares ao dentista e orientação profissional adequada. Se você sofre com esse incômodo ou conhece alguém nessa situação, incentive o cuidado com a saúde bucal — afinal, a culpa raramente é do estômago!

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